Alice, entendida aqui como o caos-cosmos definido a partir das duas Alices de Lewis Carroll: Alice no país das Maravilhas (1865) e Através do espelho e o que Alice encontrou lá (1872), ainda é um grande enigma. Paradoxo, nonsense, jogo, labirinto. O País das Maravilhas e o País do Espelho não são espaços geográficos, construídos dentro de uma topografia linear e contínua, mas de quebra-cabeças, tabuleiros, espelhos, rupturas e deslocamentos. O universo se expande, se comprime e se inverte enquanto Alice perde e procura sua identidade, prestes também a perder a cabeça.